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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Falta de vitamina D aumenta sintomas da asma em crianças


Pesquisas revelam que baixos níveis de vitamina D estimulam os sintomas da asma e aumentam o risco de outras doenças

Ana Paula Pontes e Simone Tint
Sabe aquelas gotinhas de vitamina D que você dá (ou já deu) para o seu filho? Elas podem fazer muito mais para ele além de ajudar na formação óssea. Pesquisas anteriores já sugeriam que o suplemento reduz o risco de doenças cardíacas e diabetes. Um novo estudo revelou que ela é capaz de minimizar os sintomas da asma. A pesquisa, realizada pelo National Jewish Health Hospital, dos EUA, mostrou que os baixos níveis de vitamina D podem reduzir as funções pulmonares, aumentando os sintomas da alergia. Depois de analisar o histórico hospitalar de 100 crianças asmáticas, os pesquisadores perceberam que quanto maior o nível de vitamina D, menor é a necessidade de medicação.

Um dos fatores que pode interferir na produção de vitamina D no organismo da criança é a falta de exposição ao sol. Apesar de ser encontrada em vários alimentos (como fígado, ovos, carne, manteiga, peixes - inclusive os enlatados - e óleo de fígado de peixe), a vitamina D necessita do sol para ser absorvida pelo organismo. "Ela regula o metabolismo do cálcio e do fosfato, responsáveis pela formação de ossos e dentes sadios, além de prevenir o raquitismo", diz a nutricionista Daniela Jobst. A vitamina é fundamental para a saúde óssea, o bom funcionamento do sistema imunológico, dos nervos, dos músculos e da coagulação do sangue em crianças, adolescentes e adultos.

Até mesmo o leite materno, o alimento mais completo para o bebê, é deficiente nesse tipo de nutriente (veja matéria aqui). Por isso a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o uso de suplementos de vitamina D a partir do 15º dia de vida. "Outra recomendação para os primeiros meses de vida da criança é levá-la para passeios curtos ao sol, para que essa carência seja suprida”, afirma Ellen Simone Paiva, endocrinologista e diretora do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional). É importante que seu bebê fique exposto ao sol minutos , todo dia. Fazer um passeio ou brincar fora de casa são algumas opções, mas sempre antes das 10h ou após as 16h. Lembre-se que crianças com menos de 6 meses não podem usar protetor solar, mas, depois disso, é importante usá-lo sempre que for à praia ou à piscina. Acima de 1 ano, vale passar sempre que for fazer uma atividade ao ar livre.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Investigação do Câncer, em Oslo, na Noruega, concluiu que o sol, com moderação, pode trazer mais benefícios do que riscos à saúde. Essa pesquisa também avaliou que, em países da região do Equador, como no Brasil e na Austrália, as pessoas produzem 3,4 vezes mais vitamina D do que quem vive na Grã-Bretanha , e 4,8 vezes mais do que os escandinavos.
Fonte: Revista Crescer - GLOBO 

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