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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Estudo: laticínios integrais podem diminuir risco de diabetes


WASHINGTON - Cientistas da Universidade  de Harvard, nos Estados Unidos, identificaram uma substância natural na gordura de laticínios que pode reduir substancialmente o risco de diabetes tipo 2. As informações são do site Science Daily.

O composto, de nome ácido trans-palmitoléico, é um ácido encontrado no leite, queijos, iogurte e manteiga. Leva este nome quando é encontrado fora do corpo humano.

Pessoas que possuem altos níveis dele no sangue têm 62% a menos de chances de desenvolver diabetes tipo 2. Estudos anteriores em animais apontara quem o ácido pode proteger também contra a resistência à insulina.
Não se sabe quantas porções diárias de laticínios são necessárias para atingir os níveis mais altos do ácido no sangue. Segundo os cientistas, é provável que o consumo ideal varie entre três e cinco porções diárias.

Alimentos em cápsulas são aliados na prevenção e tratamento de doenças

 
Alimentos que aparentemente apenas fazem parte da dieta do dia a dia podem oferecer também benefícios medicinais como prevenção e tratamento de doenças. São os chamados nutracêuticos.

Atuam na melhora das funções digestivas, no fortalecimento da absorção de nutrientes e antioxidantes e na prevenção de diversas doenças, desde as cardiovasculares até determinados tipos de câncer.

Os nutracêuticos incluem os alimentos funcionais e compostos bioativos como vitaminas, minerais e antioxidantes. Consumir alimentos nutracêuticos é uma das maneiras de manter um estilo de vida saudável.

É importante lembrar que os alimentos nutracêuticos também podem ser chamados de alimentos funcionais. Os nutracêuticos abrangem desde nutrientes isolados e suplementos nutricionais, até alimentos que podem ser naturais, modificados ou enriquecidos, ditos funcionais porque desempenham funções benéficas à saúde, além das básicas de nutrição do organismo.

Exemplos de nutracêuticos são chá verde, couve, damasco, folhas, frutas cítricas, frutas vermelhas, gergelim, linhaça, morango, nozes, peixes de água fria, pimentão, repolho, soja, tomate, uvas. Também se enquadram nessa categoria os compostos bioativos, como ômega 3, vitamina C, betacaroteno e magnésio.

Apesar dos benefícios à saúde, os nutracêuticos não são considerados remédios e podem ser comprados sem receita. Para resultados mais focados na necessidade nutricional de cada um, sem risco de superdosagem, o recomendado é que consulte um nutricionista para que realize a prescrição correta.

Uma dica para evitar o exagero é seguir as indicações do rótulo do produto. Todos devem ter selo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), indicando que as dosagens foram testadas e aprovadas. Se for manipulado na farmácia, peça orientação sobre as doses ao farmacêutico responsável.

Mas não esqueça: para que tenha como resultado a saúde e beleza são necessários que alie uma dieta balanceada à prática de exercícios físicos regulares.
 
 
 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pigmento alfa-caroteno reduz chances de doenças do coração, AVC e câncer



Depois de acompanhar mais de 15 mil pacientes por 18 anos, pesquisadores concluem que a ingestão do pigmento alfa-caroteno reduz as chances de a pessoa desenvolver doenças do coração, AVC e câncer. O alimento com maior concentração da substância é a cenoura

Dominique Lima

Que tal adicionar mais cor laranja ao cardápio? Vale abóbora, moranga, mas o principal item deve ser a cenoura. A iniciativa pode prevenir diversas doenças crônicas, como problemas cardíacos e o câncer. É o que comprova uma pesquisa feita pela Associação Médica Americana, nos Estados Unidos, publicada no mês passado. O estudo aponta a capacidade da substância alfa-caroteno — um poderoso antioxidante presente nesses alimentos — de evitar complicações que podem levar à morte.


Os pesquisadores relacionaram a quantidade de alfa-caroteno no sangue com o risco de morte em 15.318 pessoas acompanhadas por 18 anos, de 1988 a 2006. A conclusão é que uma alta concentração da substância pode diminuir em até 39% as chances de morte prematura causada por doenças coronárias, acidente vascular cerebral (AVC) ou câncer.

A receita para aumentar o nível de alfa-caroteno no sangue é simples: ingerir frutas e verduras, principalmente as de cor laranja. A variedade e quantidade consumidas também são importantes. Para um adulto, são necessárias, em média, entre três e quatro porções de fruta e duas a três porções de vegetais. Nesse caso, a preparação do alimento é outro fator que faz diferença. Cozidos, os vegetais apresentam maior quantidade do antioxidante. “Com o aumento da temperatura, há uma mudança na molécula do alfa-caroteno, que faz o organismo absorvê-lo em maior quantidade”, explica a nutricionista Fernanda Damas.

Alfa versus beta
Apesar dos benefícios constatados, o alfa-caroteno ainda não ficou tão conhecido como outro pigmento do mesmo grupo, o beta-caroteno, responsável pela coloração amarela de muitos alimentos. Com propriedades parecidas, o beta foi mais estudado ao longos dos anos porque é mais comum que o antioxidante similar. Assim, as vantagens do beta na prevenção de doenças são conhecidas há mais tempo.

No entanto, pesquisas sobre os suplementos de beta-caroteno mostram que os benefícios do uso dessa substância sozinha não são os mesmos de quando ela é associada a outros carotenoides. “Por isso é mais vantajoso ingerir os alimentos que contêm diversos antioxidantes associados, potencializando os efeitos positivos”, diz a nutricionista Fernanda.

Pesquisas anteriores que focaram o alfa-caroteno não haviam sido conclusivas. Um estudo japonês de 2005 traçou a relação entre as concentrações da substância e a menor incidência de câncer numa comunidade rural do país. Dois estudos norte-americanos de 2006, porém, não chegaram à mesma conclusão e questionaram a eficiência da substância. As diferenças no resultado, segundo o líder da pesquisa publicada mês passado, Chaoyang Li, da Associação Médica Americana, se devem à metodologia empregada, que inclui o número de pesquisados e a duração do estudo, entre outras variáveis.

Segundo o pesquisador, seu estudo é abrangente o bastante — teve 18 anos de duração e amostragem de mais de 15 mil pessoas — para ter credibilidade. De acordo com esses resultados, o alfa-caroteno é tão importante quanto outros carotenoides. “Estudos laboratoriais sugerem que o alfa-caroteno é 10 vezes mais efetivo na prevenção de certas formas de câncer no cérebro, fígado e pele que o beta”, revela Li, em entrevista por email para o Correio.

Dieta
O que o público em geral pode fazer com tal informação? Para o professor Li, inserir alimentos ricos no pigmento em sua dieta. “Como os suplementos alimentares que contêm antioxidantes não apresentam quase nenhuma quantidade de alfa-caroteno, presumimos que a fonte da substância continua a ser a ingestão de frutas e verduras”, diz. Estudos mostraram que mais de 75% da quantidade de alfa-caroteno ingerida é obtida da cenoura. Somam-se à hortaliça outros vegetais e frutas, como moranga, pimenta e laranja. Boa quantidade da substância também é achada em alimentos verde-escuros, como brócolis, ervilhas e rúcula (veja abaixo).

Sobre a dúvida de como ter certeza de que essa pesquisa é mais confiável que aquelas que diziam ser o beta-caroteno a melhor maneira de prevenir doenças graves, o pesquisador reconhece que as pesquisas não são definitivas. “Os resultados não especificam a relação entre alfa-caroteno e outros antioxidantes e se o consumo dessa substância separada das outras não teria o mesmo resultado incipiente do consumo de beta-caroteno”, afirma. Mas ele ressalta que foi definitivamente comprovada a redução de risco de doenças graves com o consumo de alimentos ricos em alfa-caroteno. Assim, a maneira certa de aproveitar a descoberta é inserir cenoura no cardápio. E moranga, e laranja, e brócolis, e espinafre.

COR
O alfa-caroteno é um pigmento natural presente em frutas e verduras, em especial as de cor laranja, do grupo dos carotenoides. Formado por hidrogênio e carbono, tem propriedades antioxidantes, ou seja, bloqueia os efeitos negativos dos radicais livres nas células do corpo.

PELE
Por conta das propriedades antioxidantes, que combatem os radicais livres, o consumo de substâncias carotenoides tem importância especial para a saúde da pele. A ingestão de alimentos ricos em alfa e beta-caroteno evita o aparecimento de manchas e rugas. Tais propriedades fazem ainda mais diferença durante o verão. Isso porque elas combatem os efeitos negativos da radiação solar. “O caroteno também auxilia na pigmentação da pele, melhorando o bronzeado”, conta a nutricionista Fernanda Damas.

Ranking
Concentração de alfa-caroteno nos alimentos (ug/100g)
» Cenoura cozida, enlatada ou congelada - 3.700
» Cenoura crua - 3.600
» Moranga - 3.800
» Pimenta-vermelha - 60
» Laranja - 20
» Ervilha - 16
Fonte: Mangels et al (Associação Médica Americana, 1993) - Correio Braziliense














































































terça-feira, 2 de novembro de 2010

Corantes utilizados nos alimentos podem representar um risco para saúde

Na hora da refeição todos gostam de uma comida gostosa, bonita e colorida. Penar na mesa colorida dá água na boca. E nos supermercados muita gente não lê a embalagem do que leva para casa.

E é aí que está o problema, pois nem tudo que salta aos olhos faz bem para a saúde, pricipalmente o colorido demais. É preciso ter cuidado pois para chamar a atenção do consumidor as indústrias usam corantes que deixam os alimentos mais bonitos de se ver, alguns desses corantes são extraídos até de insetos.

Alimentos e bebidas que vendem mais nem sempre são os mais saudáveis. Isso porque, na hora de comprar, o consumidor leva em conta a aparência do produto. "Se estiver feio, eu não vou levar", revela um jovem.
E para realçar o visual das mercadorias, as indústrias de alimentos investem nos corantes. "Parece que é mais gostoso. Dá essa impressão", aponta uma senhora.

Um supermercado chegou a oferecer salsicha sem corante, mas não conseguiu vender nenhuma. É visível a diferença de cor entre a que tem e a que não tem corante. "O produto fica com uma apresentação feia sem o corante, e o consumidor acaba não comprando", afirma o gerente do supermercado Roberto Dias.
Para colorir os produtos, as indústrias utilizam até insetos. A cochonilha, uma praga das lavouras, vira corante natural para iogurtes. "Apesar de ele ser retirado de um inseto, ele é um corante puro, não acarreta risco ao seu uso e tem uma característica bastante importante. Ele é um corante bastante estável, diferente de vários outros corantes naturais que se degradam rapidamente”, diz o químico Paulo Carvalho, do Instituto de Tecnologia de Alimentos.

E os corantes artificiais também costumam passar despercebidos. Não é para menos. Nas embalagens, as letras são bem pequenas. "Eu tenho aqui o vermelho, que ele coloca vermelho 40. Então, ele é bem artificial. Como é que o leigo vai poder identificar esse tipo de corante, se é o melhor para o filho dela, para ela consumir”, afirma a nutricionista Roseli Rossi.

Os produtos que mais tem corantes artificiais são justamente aqueles muito consumidos pelas crianças: balas, doces refrigerantes. E os pais devem estar atentos, porque os corantes podem provocar problemas de saúde.

"Bronquite, problemas neurológicos, como déficit de atenção nas crianças, depressão, problemas de hiperatividade, distúrbios gástricos até chegar, inclusive, a um choque anafilático. O melhor mesmo seria a gente ir para a feira, comprar frutas, que sairiam muito mais barato e fazer o nosso próprio suco em casa que, com certeza, iríamos consumir muito mais vitaminas, minerais, deixando de consumir todas essas substâncias tóxicas que o nosso organismo não foi preparado para absorver, metabolizar e aproveitar”, diz a nutricionista Roseli Rossi.

Fonte: Bom Dia Brasil (GLOBO)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Holandeses desenvolvem carne de porco com célula-tronco suína


Cientistas não provaram as tiras que resultaram da experiência. Iguaria de laboratório é mole, úmida e com pouca proteína.

Cientistas holandeses anunciaram nesta sexta-feira (15) ter desenvolvido uma técnica que converte células-tronco de músculos de porcos em carne suína: não saiu uma bisteca vistosa, só um pedacinho de 1 centímetro. Eles apresentaram o achado como um caminho para, algum dia, oferecer uma “alternativa verde” à suinocultura, mas admitiram que não chegaram a provar a iguaria.

“Se extraírmos células-tronco de um porco e multiplicarmos por 1 milhão, vamos precisar de 1 milhão de porcos a menos para obter a mesma quantidade de carne”, calculou Mark Post, biólogo da Universidade Maastricht que participa do In-vitro Meat Consortium, uma rede de instituições de pesquisa holandesas que contam com financiamento público para tocar os experimentos.

A carne de laboratório é mole e úmida, e tem menos proteína que a carne “convencional” – portanto, não deve ter gosto de carne de porco.

Uma série de outros grupos – americanos, escandinavos e japoneses – também pesquisam modos de criar carne em laboratório. A Nasa investiu em projeto similar na esperança de que seus astronautas pudessem fabricar no espaço carne para consumo das tripulações. Após resultados desapontadores, acabou desistindo.

“Desde que seja suficientemente barato e tenha sido provado que é cientificamente válido, eu não vejo nenhuma razão para que as pessoas não queiram comer isso”, disse Stig Omholt, especialista em genética da Universidade de Ciências da Vida da Noruega. “Considerando salsichas e outras coisas que as pessoas estão dispostas a comer hoje em dia, isso (comer carne de laboratório) não deveria ser um grande problema.”

Fonte: G1 (GLOBO)

Pão existe há 30 mil anos, conclui estudo


Ele era quebradiço como uma bolacha e não muito saboroso, diz cientista. Evidências foram localizadas na Itália, Rússia e República Tcheca.

Grãos de amido encontrado em pedras de moinhos de 30 mil anos atrás sugerem que os homens pré-históricos já comiam uma forma de pão chato, contrariando a imagem popular de que eram predominantemente carnívoros.

As conclusões, publicadas na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS) nesta segunda-feira (18), indicam que europeus do paleolítico moíam raízes semelhantes à batata para fazer uma farinha que era depois batida até virar uma massa.

"É como um pão chato, como uma panqueca só com água e farinha", disse a pesquisadora no Instituto Italiano de Pré-História e História Primitiva, Laura Longo.

"Você pode fazer uma espécie de pita (pão sírio) e cozinhá-lo numa pedra quente", disse ela, explicando como a equipe replicou o processo. O produto final era "quebradiço como uma bolacha, mas não muito saboroso", acrescentou ela.

As pedras, que cabem na mão de um adulto, foram descobertas em sítios arqueológicos da Itália, Rússia e República Tcheca.

Até agora, a evidência mais antiga do uso da farinha eram pedras de 20 mil anos atrás, localizadas em Israel.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O consumo diário de sementes pode ajudar na redução do colesterol ruim

 
As sementes podem ser usadas para controlar o colesterol ruim. Um especialista explica como preparar um kit de castanhas com frutas secas e quais são as porções exatas de sementes que a gente precisa comer por dia.

Essa foi solução encontrada pelo Wilson Aparecido Rabelo na luta contra o colesterol. “Chegava a mais de 450, sendo que o ideal é 200. Hoje está próximo de 200", diz o administrador de empresa.

A receita do médico da Unicamp é baseada em pesquisas mundiais que comprovam a ação de sementes e castanhas no combate ao colesterol. Algumas agem no organismo como um remédio.

“As nozes são utilizadas para a prevenção de problemas cardiovasculares. O pistache reduz o nível de colesterol. A castanha do Pará tem o ômega 6 que também tem uma ação na redução do colesterol. E a própria castanha de caju, além do alto teor protéico, ela também reduz o colesterol”, explica Edson Credidio, nutrólogo da Unicamp.

Para obter o resultado medicinal é preciso disciplina. Os alimentos devem ser consumidos todos os dias, de forma controlada. “No caso das nozes para prevenção de doença cardiovascular, uma noz, que são duas tampinhas. O pistache, 40 gramas, aproximadamente uma colher de sopa. A castanha do Pará uma unidade por dia e a castanha de caju, duas a três unidades dia", diz o nutrólogo.

Para quem trabalha fora, outra orientação é fazer um kit anti-colesterol com frutas secas e castanhas. A sugestão tem tâmara, damasco, ameixa e uma noz inteira, que são as duas metades. O saquinho tem a porção na medida indicada. É fácil carregar e deve ser consumido entre as refeições. Um kit de manha e outro à tarde.

“O kit além de saudável é extremante barato. Como a fruta é seca não estraga, pode deixar na bolsa, no porta luvas do carro, na gaveta do trabalho e tentar comer a cada três horas", explica Edson Credidio.
 
Assista o Vídeo: http://is.gd/fFlsI
 
Fonte: G1 (GLOBO)

sábado, 21 de agosto de 2010

Estudo: Chocolate amargo pode reduzir risco de ataques cardíacos

 
Rio - Uma pesquisa publicada em uma revista científica da Sociedade Americana do Coração afirma que mulheres mais velhas que comem chocolate amargo uma ou duas vezes por semana podem reduzir o risco de doenças cardíacas. As informações são da BBC.

De acordo com o estudo, mulheres que comem chocolate amargo até duas vezes por semana reduzem o risco de doenças cardíacas em até 33%. Porém, aquelas que comem todos os dias não se beneficiam.

Os cientistas analisaram dados de cerca de 32 mil mulheres entre 48 e 83 anos ao longo de nove anos. Foi analisado que o consumo de até duas porções de 19 a 30 gramas de chocolate amargo por semana reduz em até 32% o risco de doenças do coração.

Quando o consumo aumentou para até três porções, o índice caiu para 26%. O índice de redução de risco era nulo nas mulheres que consumiam chocolate amargo todos os dias.

A pesquisa ressalta que comer muito chocolate não é saudável, por causa do alto índice de açúcar e gordura, que fazem com que as pessoas ganhem peso.

No entanto, o chocolate contém altos índices de flavonóides, uma substância que diminui a pressão sanguínea e protege contra doenças do coração.

Os pesquisadores afirmam que o novo estudo é um dos primeiros a identificar alguns dos benefícios à saúde do chocolate amargo no longo prazo.
 
Fonte: O Dia Online

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cerveja aumenta risco de doença de pele em mulheres, diz estudo

da BBC Brasil

Mulheres que bebem cerveja regularmente têm mais chances de desenvolver psoríase, uma doença de pele crônica, segundo sugere um estudo de pesquisadores americanos.
O estudo descobriu que as mulheres que bebem cinco cervejas por semana têm o dobro de risco de desenvolver a doença em comparação com as mulheres que não bebem.

A pesquisa, da Harvard Medical School, em Boston, analisou dados de mais de 82 mil enfermeiras entre 27 e 44 anos e seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas entre 1991 e 2005.

Os pesquisadores disseram observar um aumento de 72% no risco de psoríase entre as mulheres que bebiam mais do que uma média de 2,3 cervejas por semana em relação às mulheres que não bebiam.

Para as mulheres que bebiam cinco copos de cerveja por semana, o risco era 130% maior.
Porém as mulheres que bebiam qualquer quantidade de cerveja não alcoólica, vinho ou bebidas destiladas não apresentaram um aumento do risco de desenvolver psoríase.

"A cerveja comum foi a única bebida alcoólica que aumentava o risco de psoríase, sugerindo que alguns componentes não-alcoólicos da cerveja, que não são econtrados no vinho ou nos destilados, podem ter um papel importante no estabelecimento da psoríase", afirma o autor da pesquisa, Abrar Qureshi.

Glúten
O estudo, publicado na revista especializada Archives of Dermatology, sugere que a causa do aumento no risco de prsoríase pode ser a cevada com glúten, usada na fermentação da cerveja.

Estudos anteriores mostraram que uma dieta sem glúten pode melhorar os casos de psoríase nos pacientes sensíveis ao glúten.

Segundo o estudo, as pessoas com psoríase podem ter uma sensibilidade latente ao glúten.
"As mulheres com alto risco de desenvolver psoríase devem considerar evitar tomar muita cerveja", concluem os autores.

A psoríase é uma doença crônica de pele caracterizada por escamações com coceira que normalmente aparecem nos joelhos, nos cotovelos e no coro cabeludo, mas que podem também atingir outras áreas do corpo, incluindo a face.

A doença, cuja origem é genética, é normalmente desencadeada por alguma situação específica. Seus efeitos são comumente leves, mas em alguns casos extremos chegam a deixar os pacientes desfigurados.

Fonte: FSP Online

Chocolate amargo reduz risco de ataques cardíacos, diz estudo

da BBC Brasil

Uma pesquisa americana afirma que mulheres mais velhas que comem chocolate amargo uma ou duas vezes por semana podem reduzir o risco de doenças cardíacas.
De acordo com o estudo, mulheres que comem chocolate amargo até duas vezes por semana reduzem o risco de doenças cardíacas em até 33%. No entanto, as que comem todos os dias não se beneficiam.

A pesquisa foi publicada em uma revista científica da Sociedade Americana do Coração. Os cientistas analisaram dados de cerca de 32 mil mulheres entre 48 e 83 anos ao longo de nove anos.

O estudo indica que o consumo de até duas porções de 19 a 30 gramas de chocolate amargo por semana reduz em até 32% o risco de doenças do coração.

Quando o consumo aumentou para até três porções, o índice caiu para 26%. O índice de redução de risco era nulo nas mulheres que consumiam chocolate amargo todos os dias.

Açúcar e gordura
A pesquisa ressalta que comer muito chocolate não é saudável, por causa do alto índice de açúcar e gordura, que fazem com que as pessoas ganhem peso.
No entanto, o chocolate contém altos índices de flavonóides, uma substância que diminui a pressão sanguínea e protege contra doenças do coração.

Os pesquisadores afirmam que o novo estudo é um dos primeiros a identificar alguns dos benefícios à saúde do chocolate amargo no longo prazo.

"Não se pode ignorar que o chocolate é relativamente intenso em calorias e que grandes porções consumidas habitualmente aumentarão o risco de ganho de peso", afirma Murray Mittelman, um dos autores do estudo, da Beth Israel Deaconess Medical Center, de Boston.
"Mas se você vai se dar um agrado, chocolate amargo é provavelmente uma boa opção, desde que consumido com moderação."

A diferença na qualidade do chocolate também afeta o benefício que o produto traz à saúde. Quanto mais cacau, maior o benefício.

Chocolate amargo pode conter até 75% de cacau, enquanto chocolate ao leite em geral possui até 25%.

Para a nutricionista Victoria Taylor, da Fundação Britânica do Coração, o estudo mostra a importância de se achar o equilíbrio correto na alimentação.

"Antes de se jogar nos doces, é preciso lembrar que enquanto alguns antioxidantes do chocolate são bons para o coração, os mesmos antioxidantes também estão presentes em frutas e vegetais - comidas que não têm gordura saturada ou alta caloria como o chocolate", disse ela.

FONTE: FSP Online

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Intolerância à lactose tem saída

Alguns truques ajudam a driblar o desconforto com muito sabor à mesa

Por Paula Desgualdo


Um copo de leite no café da manhã, um brownie com sorvete depois do almoço e, no jantar, um sanduíche de queijo branco. Esse é um cardápio impraticável para a maioria dos intolerantes à lactose, pessoas que possuem uma deficiência ou ausência de lactase, a enzima que digere o açúcar do leite. Nesses casos, o consumo de laticínios provoca sintomas bem desagradáveis,como gases, dores de barriga, inchaço abdominal, diarreia ou constipação.

“Quando a lactose não é quebrada, ela chega ao intestino grosso intacta, onde é fermentada por bactérias”, explica o Nutrólogo Fernando Chueire, da Associação Brasileira de Nutrologia. E é justamente essa fermentação que leva ao mal-estar. “A intensidade das manifestações depende da dose de substância ingerida e da quantidade de enzima existente no organismo”, afirma a nutricionista Solange de Oliveira Saavedra, do Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo.

No início deste ano, especialistas dos Institutos Nacionais de Saúde, nos Estados Unidos, se reuniram para estabelecer os caminhos mais eficazes para o controle do incômodo. A primeira conclusão a que chegaram é que existe uma enorme carência de informação sobre o assunto, desde as causas até os tratamentos. “A própria definição de intolerância à lactose gera confusão tanto na classe médica como na população em geral”, afirma o gastroenterologista, André Zonetti, da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

No Brasil, estima-se que de 20 a 25% das pessoas tenham algum grau de intolerância. “Na verdade, os mamíferos sempre apresentaram uma queda natural na produção de lactase após o período de desmame”, aponta Jaime Gil, gastroenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. Há milhares de anos, uma mutação tornou essa produção permanente em alguns grupos populacionais. A etnia, portanto, tem parcela de culpa na deficiência de lactase — em povos que não domesticavam o gado, como os africanos, a prevalência é maior. Asiáticos e índios também estão entre os que mais sofrem com a deficiência.

Uma reação comum aos portadores da síndrome é simplesmente deixar de lado os alimentos que caem mal. Apesar de compreensível, essa pode ser uma medida arriscada, ainda mais se tomada sem diagnóstico preciso e a orientação de um profissional. “O leite e seus derivados são a principal fonte de cálcio na dieta”, ressalta a nutricionista Ana Beatriz Barella, da RG Nutri Consultoria em Nutrição. Sem cálcio, você deve saber, quem sofre é o esqueleto.

Segundo Ana Beatriz Barella, não é possível diagnosticar a intolerância baseando-se apenas nas manifestações clínicas — além de os sintomas serem semelhantes aos de doenças gastrointestinais, as reações de cada indivíduo variam muito. “É importante que a pessoa seja encaminhada a um médico, que realizará os exames apropriados”, recomenda. O teste mais comum para detectar a deficiência de lactase é oferecer, no laboratório, uma quantidade controlada de lactose. Aí, é só dosar a glicose no sangue: se ela não aumentar em alguns minutos, sinal de que esse açúcar do leite foi bem absorvido, supõe-se que ele não está sendo digerido a contento.

Dá também para calcular, em outro exame, a quantidade de hidrogênio expirado — e ele é mais uma pista. Afinal, esse gás é resultado da fermentação da lactose no cólon. Um método mais moderno, que analisa o DNA por meio de uma simples amostra de sangue, por enquanto está disponível apenas no Hospital das Clínicas de Porto Alegre. O procedimento custa 120 reais e, diga-se, ainda não tem cobertura pelos planos de saúde.

Uma vez diagnosticada a deficiência de lactase, é preciso pensar em estratégias para adaptar a dieta sem dar espaço a carências nutricionais. “Vamos tateando para determinar qual é a quantidade de produtos lácteos que cada organismo suporta”, diz Jaime Gil. Os pesquisadores americanos notaram que há uma tolerância média de 12 gramas de lactose ao dia, o equivalente a um copo de leite. “E tirar os laticínios de vez do cardápio não é boa ideia, porque o corpo vai entender que realmente não precisa mais produzir as enzimas que digerem esses alimentos”, afirma a nutricionista carioca Juliana Crucinsky. Ou seja, a medida extrema só piora a situação.

O segredo, portanto, é começar com pequenas doses. Também vale a pena investir em alguns derivados do leite que são mais bem-aceitos pelos intolerantes à lactose. Entre outros cuidados, fique atento ao consumo de proteínas e sódio, que aumentam a excreção de cálcio na urina. Tudo isso, não custa lembrar, deve ser feito sob orientação de um especialista. Com um pouco de paciência, e pitadas de leite, dá para levar uma vida saudável sem transtornos e com prazer à mesa.
 
Fonte: Saúde - Ed. Abril

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ingestão de probióticos é benéfica para portador de doença intestinal


Estudo conclui que microrganismos
controlam diarreia em casos de Doença de Crohn

ISABEL GARDENAL

O uso de probióticos – microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde das pessoas quando administrados em quantidades adequadas – nos portadores da Doença de Crohn, uma das principais enfermidades inflamatórias intestinais, mostrou-se eficiente no controle da diarreia, sintoma frequente nestes pacientes. O resultado foi obtido na dissertação de mestrado da nutricionista Luciane Cristina Rosim Sundfeld Giordano com pacientes atendidos no Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais “Prof. Dr. J. Ricardo Navarro Góes” do Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo (Gastrocentro). 

A pesquisa, apresentada à Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e orientada pelo professor Cláudio Coy, do Departamento de Cirurgia, investigou os efeitos da modulação da microbiota intestinal dos pacientes pela suplementação oral das bactérias Lactobacillus casei e Bifidobacterium breve. Os achados se mostraram animadores, com os pesquisadores observando redução da ocorrência de diarreia assim como melhora do estado nutricional. 

Infelizmente, diz Giordano, a doença de Crohn não é tão rara, lamenta ela, e 424 portadores da doença estão cadastrados e em acompanhamento na Unicamp. Na época, a nutricionista identificou que um grande número de pacientes com doença de Crohn apresentava diarreia de difícil resolução. Propôs então o desenvolvimento de um projeto envolvendo o uso de probióticos para avaliar a sua efetividade. Ela lembra que estes pacientes, na fase de atividade da doença, chegam a apresentar até 25 episódios de evacuações ao dia. “Esta é uma doença crônica que acomete principalmente os indivíduos jovens, podendo atingir todo trato gastrointestinal, isso com repercussões graves como a desnutrição, por exemplo.” 

A pesquisadora trabalha na Divisão de Nutrição e Dietética do HC supervisionando a área de preparo de dietas enterais há mais de 15 anos, além de desenvolver seu trabalho nas enfermarias e nos ambulatórios de Gastro bem como membro da equipe multiprofissional de terapia nutricional. Segundo ela, a sua pesquisa teve início ao ser convidada a atuar nesse Ambulatório pelo médico Juvenal Ricardo Navarro Góes, falecido em 2007. 

Em meados de 2006, o projeto teve então seu início com o intuito de se verificar a ação de um probiótico especial que continha duas cepas (Lactobacillus e Bifidobacterium) na frequência do hábito intestinal e no estado nutricional. “Dados da literatura demonstraram que 70% a 80% dos pacientes hospitalizados com doença de Crohn ativa possuíam graus variados de desnutrição secundária à diarreia”, expõe a pesquisadora. Pelo fato de a doença não ter cura, torna-se portanto fundamental o acompanhamento nutricional, para que a resposta ao tratamento seja mais eficiente.” 

Particularidades
Giordano selecionou 22 pacientes com idade média de 22 anos por ocasião do diagnóstico. Um dos fatores mais impactantes desta doença, conta, é o fato de seu acometimento ser mais frequente em adultos jovens, numa fase da vida em que eles deveriam estar bastante produtivos. Porém, em função do aparecimento da doença, ocorrem diversas limitações. Acredita-se que o seu desenvolvimento, a partir do contato com substâncias com potencial de iniciar um processo inflamatório primariamente intestinal, sejam oriundas da alimentação ou de microrganismos presentes no próprio intestino. “Esta inflamação, que deveria ser de curta duração, torna-se crônica em indivíduos predispostos. Assim, parece lógico supor que a modulação da microbiota intestinal possa alterar diversos aspectos da doença. Este conceito é que orienta inúmeros trabalhos existentes com probióticos na doença de Crohn”, recorda Cláudio Coy.

Giordano esclarece que, na doença de Crohn, ocorre um desequilíbrio da microbiota intestinal. Quando o indivíduo está saudável, existe um padrão na população bacteriana e, nos portadores dessa doença, há uma quantidade reduzida sobretudo de Bifidobacterium, mas também de Lactobacillus, bactérias com ações benéficas ao organismo. Isto explicaria porque esta doença manifesta-se predominantemente no final do intestino delgado e cólon (intestino grosso) – segmentos do tubo digestivo com maior quantidade de bactérias. 

No estudo, a maioria dos pacientes eram portadores de desnutrição, com perda de peso acima de 10% em seis meses. O probiótico liofilizado (em pó) foi-lhes fornecido durante três meses. “Com o seu emprego, observou-se uma recuperação ponderal (de peso) significativa, sem ônus financeiro algum ao paciente. O peso médio aferido no início do estudo foi de 55 kg e, ao final, de 57 kg. Constatou-se melhora também em outros parâmetros nutricionais estudados. Estes dados evidenciaram que o controle verificado na diminuição do número de evacuações com uso do probiótico trouxe secundariamente um ganho significativo em vários aspectos nutricionais, sem que houvesse interferência nos hábitos alimentares destes pacientes, esclarece a nutricionista. 

Segundo o orientador da dissertação, a incidência das doenças inflamatórias intestinais vem aumentando nos últimos anos em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, sem que se conheça ao certo os motivos para tal. O número de casos de doença de Crohn no Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Gastrocentro, por exemplo, vem crescendo progressivamente. Em 2003, eram atendidos entre dois e três casos numa manhã, dia desse ambulatório, e atualmente entre 30 e 40 pacientes por período. Cláudio Coy afirma que várias alterações genéticas são atualmente conhecidas e muitas delas relacionadas ao desenvolvimento desta doença. Em algumas famílias e em determinados grupos raciais, há uma incidência maior do que na população geral.

Ao explicar como é a doença, o médico relata que se trata de uma enfermidade crônica e limitante. Além disso, seus portadores lidam com diarreia, cólicas, osteoporose, não se alimentam adequadamente, têm desnutrição, anemia e outras manifestações que transcendem o acometimento intestinal, piorando a qualidade de vida. Muitos pacientes têm que ser operados várias vezes, ficam debilitados e mais predispostos a infecções e complicações pós-operatórias.
Tanto Cláudio Coy como Giordano acreditam que a resposta inflamatória que ocorre no intestino, com envolvimento de outros órgãos, seja desencadeada por alguma alteração na microbiota intestinal e que a sua modulação pode melhorar o curso da doença. A expectativa de ambos é que o emprego de probióticos mostre-se cada vez mais útil, podendo ser instituído como terapia adjuvante ao tratamento medicamentoso.

Descoberta
De acordo com definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2002, a mais utilizada internacionalmente, os probióticos são “microrganimos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro”. O pioneiro no estudo com probiótico foi o cientista russo Élie Metchnikoff, em 1908, que descobriu o Lactobacilus bulgaricus, a ele cabendo no mesmo ano o Prêmio Nobel de Medicina, por verificar o papel positivo da seleção de bactérias na longevidade do ser humano, o que demonstra que o tema vem sendo investigado há muitos anos.
A partir das suas observações sobre a população de camponeses da Bulgária, sugeriu que as bactérias do leite seriam facilitadoras para a manutenção da saúde e prevenção de doenças, sendo, desta forma, importantes para retardar o envelhecimento. Na época, ele constatou a longevidade dos camponeses búlgaros que, ao saírem para trabalhar, transportavam leite de búfala em moringas de couro. O leite fermentava e eles o ingeriam ao longo do dia. Descobriu-se aí o valor do probiótico, o qual recebeu o nome de Lactobacillus bulgaricus por este motivo. 

Neste mesmo período, Henry Tissier, pediatra e microbiologista francês, descobriu que nas crianças em aleitamento materno exclusivo havia a colonização excessiva de um organismo dominante – os quais foram denominados bifidobactérias pelo formato bifurcado – em crianças saudáveis. Observou que as fezes de crianças com diarreia continham baixos níveis deste microrganismo sugerindo que esta bactéria seria administrada a fim de ser restituída a microbiota intestinal saudável destes bebês. Em 1930, no Japão, Minoru Shirota descobriu um probiótico nomeado Lactobacillus casei, cepa Shirota, o qual foi capaz de sobreviver à passagem de todo o trato gastrointestinal, sendo resistentes à acidez e bile, chegando vivos nas fezes.

Publicação
Dissertação de mestrado: “Avaliação de parâmetros clínicos e nutricionais com emprego dos probióticos Lactobacillus casei e Bifidobacterium breve em portadores de Doença de Crohn”
Autora: Luciane Cristina Rosim Sundfeld Giordano
Orientador: Cláudio Saddy Rodrigues Coy
Unidade: Faculdade de Ciências Médicas (FCM)

Fonte: Jornal UNICAMP

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ingrediente contaminado por salmonela não circula no Brasil

A proteína vegetal hidrolisada fabricada pela empresa norte-americana Basic Food Flavors Inc e contaminada por salmonela não circula no mercado brasileiro. É o que indica investigação realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após tomar conhecimento da contaminação do referido ingrediente no mercado estadunidense.

A Proteína vegetal hidrolisada é um ingrediente utilizado para realçar o sabor de produtos como molhos, sopas, salgadinhos, alimentos à base de soja e comidas congeladas. Após saber da contaminação, a empresa Basic Food Flavors Inc. realizou recolhimento voluntário, no mercado norte americano, de toda proteína vegetal hidrolisada em pó e em pasta fabricada a partir de 17 de setembro de 2009.

Alguns alimentos que continham o ingrediente e que não foram submetidos a processo de cozimento durante a fabricação ou que não seriam cozidos, posteriormente, pelos consumidores também foram incluídos no recolhimento. O Food and Drug Administration (FDA), organismo de controle sanitário de alimentos nos Estados Unidos, afirma que não há registro de casos de salmonelose em humanos associados a esta contaminação.

A salmonelose é uma infecção alimentar causada pela bactéria salmonela, encontrada principalmente em alimentos de origem animal, como ovos, leite e carnes. Os sintomas mais comuns da doença incluem dores abdominais, diarréia, calafrios, náusea e vômito.

Investigação

No Brasil, a Anvisa teve conhecimento do caso por meio de consulta de rotina ao site do FDA. A partir daí, diversas medidas foram adotadas pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) para verificar a possibilidade de circulação do produto contaminado no país.

A primeira ação foi identificar se a proteína vegetal hidrolisada da empresa Basic Food Flavors havia entrado no Brasil. A Anvisa verificou que, após o recolhimento do produto no mercado norte americano, o ingrediente foi importado para o nosso país por duas empresas: Bertin SA e IFF Essências e Fragrâncias Ltda.

Em seguida, a Agência solicitou que o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS/SP) realizasse inspeção sanitária nas duas empresas, localizadas no referido estado. O objetivo era verificar especificações da carga importada com suspeita de contaminação, checar se a matéria-prima importada foi utilizada e para quais produtos e averiguar se o controle de qualidade da empresa detectou contaminação por salmonela na matéria-prima importada ou no produto final.

Além disso, a inspeção checou se havia matéria-prima importada disponível no estabelecimento e em qual quantidade. As empresas também foram questionadas se receberam informação do fornecedor norte-americano sobre o recolhimento e, em caso positivo, quais foram às ações adotadas aqui no Brasil.

IFF Essências e Frangrâncias Ltda

Na empresa IFF Essências e Fragrâncias Ltda, a inspeção verificou que a matéria-prima importada encontrava-se segregada para descarte. A embalagem estava com lacre original do fornecedor e só foi aberta pela Vigilância Sanitária e posteriormente lacrada pela própria Vigilância Sanitária.

A Vigilância Sanitária coletou amostras do produto para análise fiscal e interditou o restante, aproximadamente 23,8kg. A empresa informou que foi comunicada pelo fornecedor do risco da contaminação e rejeitou o ingrediente no ato do recebimento do produto.

A IFF Essências e Frangrâncias Ltda afirmou, ainda, que realizou uma única importação de proteína vegetal hidrolisada fabricada pela empresa Basic Food Flavors Inc., após a data de recolhimento. De acordo com a empresa, não houve utilização da matéria-prima importada com suspeita de contaminação no processo de fabricação.

Bertin SA

Já a empresa Bertin SA informou para a Vigilância Sanitária que não foram detectados desvios nos padrões microbiológicos da matéria-prima conforme laudos enviados pelo fornecedor. Outro ponto destacado pela empresa foi o de que o ingrediente é utilizado na etapa de emulsificação do produto. Posteriormente, há a etapa de processo térmico (mínimo 1 hora acima de 72ºC), que elimina possível contaminação por samonela nos alimentos.

O Controle de Qualidade da empresa efetua a análise microbiológica de todos os lotes de matérias-primas utilizadas e o recebimento e a liberação de uso no processo produtivo ocorre somente após a comprovação da conformidade dos resultados em relação aos padrões exigidos. Não houve detecção de salmonela em nenhum dos lotes de proteína vegetal hidrolisada recebidos pela empresa.

Os produtos acabados ainda são analisados por lote e data de fabricação e a expedição e liberação do produto para o mercado ocorrem somente após o resultado de conformidade do produto. A Bertin SA informou que não houve detecção de salmonela em nenhum dos produtos acabados envolvidos.

A Anvisa continuará a monitorar o caso e, se necessário, tomará novas ações sanitárias para proteger a saúde da população. Informações completas sobre o caso e as ações de controle sanitário adotadas pela Anvisa podem ser encontradas no Informe Técnico 42/2010.

Danilo Molina - Imprensa/Anvisa (21/07/2010)

Formulário Nacional Fitoterápico em Consulta Pública


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou, na última terça-feira (20), a Consulta Pública 73, para que sejam apresentadas sugestões à proposta de atualização do Formulário Nacional Fitoterápico. A medida faz parte das ações realizadas pela Anvisa para fortalecer a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e a Política de Práticas Integrativas no Sistema Único de Saúde (SUS).

O formulário é um instrumento importante para os órgãos de vigilância sanitária, pois padroniza as formulações à base de plantas medicinais, e facilita a fiscalização e o controle sobre esses produtos. “Um dos objetivos é proporcionar mais segurança para o consumidor ao utilizar um produto fitoterápico”, afirma a diretora da Anvisa Maria Cecília Brito.

O formulário padroniza formulações de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos a serem manipulados nas Farmácias de Manipulação e nas futuras “Farmácias Vivas”, ainda a serem regulamentadas pela Anvisa.
 
A proposta de resolução já está disponível no site da Anvisa e as sugestões devem ser encaminhadas, por escrito, para o endereço da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/DIMCB/NEPEC/COFAR, SIA Trecho 5, Área Especial 57, Bloco E, 1° andar, Sala 4, Brasília – DF, CEP 71205-250; por fax: 61 3462-5674, ou para o e-mail cp73.2010@anvisa.gov.br.
 
O que são medicamentos fitoterápicos?
 
Fitoterápicos são medicamentos obtidos de plantas medicinais, capazes de aliviar ou curar enfermidades. As plantas medicinais são aquelas que têm tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber onde colher e como prepará-la.

Medicamentos fitoterápicos podem ser industrializados ou manipulados, sendo que os industrializados são produzidos por indústrias farmacêuticas e devem ser registrados na Anvisa antes de sua comercialização. Os manipulados são produzidos em farmácias de manipulação mediante apresentação da prescrição médica.. Tanto a farmácia como a indústria têm que ser autorizadas pela Vigilância Sanitária.

Paulo Maximiano - Imprensa/Anvisa

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ascensão da classe C estimula vendas de iogurtes no mundo


Movimento não é exclusividade brasileira; de 2009 a 2012, vendas globais do produto devem crescer 2,4%

Os planos da Danone de fazer crescer o consumo de iogurte no País fazem sentido no atual contexto econômico. Segundo Carlos de Carvalho, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado de São Paulo (Sindileite), o aumento do poder aquisitivo vai fazer com que o consumo de iogurtes cresça no País. "Antes, o produto era considerado sonho de consumo para muitas pessoas. Hoje, já é possível incluí-lo na lista de compras do mês", disse.
 
O aumento da produtividade e a redução de custos na cadeia de produção de leite podem colaborar para o barateamento do iogurte

A classe C brasileira - formada por famílias com uma faixa de renda média mensal de R$ 1,1 mil a R$ 4,8 mil - será uma das principais responsáveis pelo impulso. e o movimento não é exclusividade brasileira. Segundo estudo recente da Tetra Pak, empresa líder no segmento de envase de alimentos, o consumo global do produto deverá crescer 2,4% entre 2009 e 2012, estimulado principalmente pela ascendente classe C de países emergentes.

Além do aumento da renda dos brasileiros, outros fatores também podem colaborar para o crescimento do setor de lácteos. De acordo com análise feita pela Tendências Consultoria, o aumento da produtividade do leite e a redução dos custos na cadeia de produção de leite podem colaborar para a queda do preço do leite - e, em consequência, o consumo de iogurte suba.
 
Segundo Amaryllis Romano, analista de leites e derivados da consultoria, a questão da renda já caminhou bastante no País. Cabe agora aos produtores de leite buscar maneiras de aumentar a produtividade para que o custo da matéria-prima caia. “O setor de lácteos tem um longo caminho a percorrer em termos de excelência, mas seu potencial para se expandir no País é enorme”, disse.
 
O Brasil é o sexto país mais importante em produção de lácteos frescos no ranking da Danone. Espanha, França, Estados Unidos, Rússia e Alemanha lideram as primeiras posições, nessa ordem. Os lácteos representam 57% do faturamento da empresa. Além deles, a companhia também trabalha com a linha de água, responsável por 17% da receita, alimentação para bebê (20%) e outros complementos alimentares (6%).

Fonte: Portal IG

Ingestão de probióticos é benéfica para portador de doença intestinal

O uso de probióticos – microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde das pessoas quando administrados em quantidades adequadas – nos portadores da Doença de Crohn, uma das principais enfermidades inflamatórias intestinais, mostrou-se eficiente no controle da diarreia, sintoma frequente nestes pacientes. O resultado foi obtido na dissertação de mestrado da nutricionista Luciane Cristina Rosim Sundfeld Giordano com pacientes atendidos no Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais “Prof. Dr. J. Ricardo Navarro Góes” do Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo (Gastrocentro).

A pesquisa, apresentada à Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e orientada pelo professor Cláudio Coy, do Departamento de Cirurgia, investigou os efeitos da modulação da microbiota intestinal dos pacientes pela suplementação oral das bactérias Lactobacillus casei e Bifidobacterium breve. Os achados se mostraram animadores, com os pesquisadores observando redução da ocorrência de diarreia assim como melhora do estado nutricional. 
 
Infelizmente, diz Giordano, a doença de Crohn não é tão rara, lamenta ela, e 424 portadores da doença estão cadastrados e em acompanhamento na Unicamp. Na época, a nutricionista identificou que um grande número de pacientes com doença de Crohn apresentava diarreia de difícil resolução. Propôs então o desenvolvimento de um projeto envolvendo o uso de probióticos para avaliar a sua efetividade. Ela lembra que estes pacientes, na fase de atividade da doença, chegam a apresentar até 25 episódios de evacuações ao dia. “Esta é uma doença crônica que acomete principalmente os indivíduos jovens, podendo atingir todo trato gastrointestinal, isso com repercussões graves como a desnutrição, por exemplo.” 

A pesquisadora trabalha na Divisão de Nutrição e Dietética do HC supervisionando a área de preparo de dietas enterais há mais de 15 anos, além de desenvolver seu trabalho nas enfermarias e nos ambulatórios de Gastro bem como membro da equipe multiprofissional de terapia nutricional. Segundo ela, a sua pesquisa teve início ao ser convidada a atuar nesse Ambulatório pelo médico Juvenal Ricardo Navarro Góes, falecido em 2007. 

Em meados de 2006, o projeto teve então seu início com o intuito de se verificar a ação de um probiótico especial que continha duas cepas (Lactobacillus e Bifidobacterium) na frequência do hábito intestinal e no estado nutricional. “Dados da literatura demonstraram que 70% a 80% dos pacientes hospitalizados com doença de Crohn ativa possuíam graus variados de desnutrição secundária à diarreia”, expõe a pesquisadora. Pelo fato de a doença não ter cura, torna-se portanto fundamental o acompanhamento nutricional, para que a resposta ao tratamento seja mais eficiente.” 

Particularidades 

Giordano selecionou 22 pacientes com idade média de 22 anos por ocasião do diagnóstico. Um dos fatores mais impactantes desta doença, conta, é o fato de seu acometimento ser mais frequente em adultos jovens, numa fase da vida em que eles deveriam estar bastante produtivos. Porém, em função do aparecimento da doença, ocorrem diversas limitações. Acredita-se que o seu desenvolvimento, a partir do contato com substâncias com potencial de iniciar um processo inflamatório primariamente intestinal, sejam oriundas da alimentação ou de microrganismos presentes no próprio intestino. “Esta inflamação, que deveria ser de curta duração, torna-se crônica em indivíduos predispostos. Assim, parece lógico supor que a modulação da microbiota intestinal possa alterar diversos aspectos da doença. Este conceito é que orienta inúmeros trabalhos existentes com probióticos na doença de Crohn”, recorda Cláudio Coy. 

Giordano esclarece que, na doença de Crohn, ocorre um desequilíbrio da microbiota intestinal. Quando o indivíduo está saudável, existe um padrão na população bacteriana e, nos portadores dessa doença, há uma quantidade reduzida sobretudo de Bifidobacterium, mas também de Lactobacillus, bactérias com ações benéficas ao organismo. Isto explicaria porque esta doença manifesta-se predominantemente no final do intestino delgado e cólon (intestino grosso) – segmentos do tubo digestivo com maior quantidade de bactérias. 

No estudo, a maioria dos pacientes eram portadores de desnutrição, com perda de peso acima de 10% em seis meses. O probiótico liofilizado (em pó) foi-lhes fornecido durante três meses. “Com o seu emprego, observou-se uma recuperação ponderal (de peso) significativa, sem ônus financeiro algum ao paciente. O peso médio aferido no início do estudo foi de 55 kg e, ao final, de 57 kg. Constatou-se melhora também em outros parâmetros nutricionais estudados. Estes dados evidenciaram que o controle verificado na diminuição do número de evacuações com uso do probiótico trouxe secundariamente um ganho significativo em vários aspectos nutricionais, sem que houvesse interferência nos hábitos alimentares destes pacientes, esclarece a nutricionista. 

Segundo o orientador da dissertação, a incidência das doenças inflamatórias intestinais vem aumentando nos últimos anos em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, sem que se conheça ao certo os motivos para tal. O número de casos de doença de Crohn no Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Gastrocentro, por exemplo, vem crescendo progressivamente. Em 2003, eram atendidos entre dois e três casos numa manhã, dia desse ambulatório, e atualmente entre 30 e 40 pacientes por período. Cláudio Coy afirma que várias alterações genéticas são atualmente conhecidas e muitas delas relacionadas ao desenvolvimento desta doença. Em algumas famílias e em determinados grupos raciais, há uma incidência maior do que na população geral. 

Ao explicar como é a doença, o médico relata que se trata de uma enfermidade crônica e limitante. Além disso, seus portadores lidam com diarreia, cólicas, osteoporose, não se alimentam adequadamente, têm desnutrição, anemia e outras manifestações que transcendem o acometimento intestinal, piorando a qualidade de vida. Muitos pacientes têm que ser operados várias vezes, ficam debilitados e mais predispostos a infecções e complicações pós-operatórias. 

Tanto Cláudio Coy como Giordano acreditam que a resposta inflamatória que ocorre no intestino, com envolvimento de outros órgãos, seja desencadeada por alguma alteração na microbiota intestinal e que a sua modulação pode melhorar o curso da doença. A expectativa de ambos é que o emprego de probióticos mostre-se cada vez mais útil, podendo ser instituído como terapia adjuvante ao tratamento medicamentoso.

Descoberta 

De acordo com definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2002, a mais utilizada internacionalmente, os probióticos são “microrganimos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro”. O pioneiro no estudo com probiótico foi o cientista russo Élie Metchnikoff, em 1908, que descobriu o Lactobacilus bulgaricus, a ele cabendo no mesmo ano o Prêmio Nobel de Medicina, por verificar o papel positivo da seleção de bactérias na longevidade do ser humano, o que demonstra que o tema vem sendo investigado há muitos anos.

A partir das suas observações sobre a população de camponeses da Bulgária, sugeriu que as bactérias do leite seriam facilitadoras para a manutenção da saúde e prevenção de doenças, sendo, desta forma, importantes para retardar o envelhecimento. Na época, ele constatou a longevidade dos camponeses búlgaros que, ao saírem para trabalhar, transportavam leite de búfala em moringas de couro. O leite fermentava e eles o ingeriam ao longo do dia. Descobriu-se aí o valor do probiótico, o qual recebeu o nome de Lactobacillus bulgaricus por este motivo. 

Neste mesmo período, Henry Tissier, pediatra e microbiologista francês, descobriu que nas crianças em aleitamento materno exclusivo havia a colonização excessiva de um organismo dominante – os quais foram denominados bifidobactérias pelo formato bifurcado – em crianças saudáveis. Observou que as fezes de crianças com diarreia continham baixos níveis deste microrganismo sugerindo que esta bactéria seria administrada a fim de ser restituída a microbiota intestinal saudável destes bebês. Em 1930, no Japão, Minoru Shirota descobriu um probiótico nomeado Lactobacillus casei, cepa Shirota, o qual foi capaz de sobreviver à passagem de todo o trato gastrointestinal, sendo resistentes à acidez e bile, chegando vivos nas fezes. 

Texto: Isabel Gardenal
Fonte: Jornal Unicamp 

Pesquisadores descobrem altos valores nutricionais em cogumelos

Espécies comestíveis cultivadas no Brasil têm pouca caloria e combatem doenças comuns na velhice, como o mal de Alzheimer. Cogumelos contêm ainda vitaminas do complexo B, minerais e fibras.

Cristina Maia Pinhalzinho, SP

Sabemos pouco sobre seus sabores, conhecemos menos ainda suas propriedades funcionais, mas o valor nutricional do cogumelo foi destrinchado por um grupo de pesquisadores da faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
 
O fungo, ainda impopular, ganha ponto no quesito ação antioxidante, com substâncias que previnem o envelhecimento das células e são importantes para todas as reações metabólicas, além de ser pouco calórico. Em cada 100 gramas de shitaki ou shimeji, por exemplo, há apenas 35 calorias. O cogumelo contém ainda vitaminas do complexo B, minerais e fibras.

Os pesquisadores analisaram dezessete espécies de cogumelos ao longo de dois anos. As amostras vieram de vários fornecedores e foram coletadas em diferentes cidades do interior de São Paulo.

Cada tipo de cogumelo apresentou uma composição nutricional, também foi influenciada pela forma de cultivo. Em uns, há mais cálcio, em outros, mais vitaminas ou proteínas, mas todos com alto teor de ácido fólico, que mostra ações benéficas em relação a doenças como o mal de Alzheimer, doenças cardiovasculares e degenerativas. “Comparado com as maiores fontes tradicionais, como o brócolis e o espinafre, o cogumelo chega a ter três vezes mais o teor desses nutrientes”, explica a pesquisadora Helena Godoy.
 
Cem gramas de cogumelo têm mais folato do que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) para um dia. Mas a pesquisadora Helena Godoy faz um alerta: quando o alimento é processado ou armazenado em conserva, há perda de nutrientes. Por isso, recomenda-se a ingestão do cogumelo cru ou com processamento leve.

Fonte: G1 (GLOBO)

Pesquisadores brasileiros transformam amido de mandioca em sacolas plásticas

A invenção é uma forma de proteger o meio ambiente. 

Pesquisadores brasileiros conseguiram transformar o amido de mandioca em sacolas plásticas e bandejas para serem usadas em supermercado. Invenções que prometem proteger o meio ambiente.

Nos laboratórios da Universidade Estadual de Londrina, rende também um plástico que se decompõe mais fácil na natureza. A receita leva 60% de polvilho doce, poliéster e glicerol, substância que dá a textura típica do material.

Em condições ideais, o plástico se decompõe em apenas seis meses. O convencional pode demorar até 100 anos pra sumir do meio ambiente. O desafio dos pesquisadores agora é fazer parcerias com empresas privadas para ampliar a produção e baratear os custos.

Agora, os pesquisadores testam uma nova formulação, com amido e fibra de bagaço de cana. Resíduo muito comum na região. A fibra deixa a bandejinha mais firme e mais resistente às variações de umidade e temperatura.

Fonte: G1 (GLOBO)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Projeto inclui eng. de alimentos na carreira de fiscal federal agropecuário


Entendendo que o engenheiro de alimentos é o profissional mais bem capacitado a inspecionar o processamento de substâncias na indústria alimentícia, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) quer aprovar na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) projeto incluindo este profissional nos cargos da carreira de fiscal federal agropecuário.

O projeto (PLS 734/07) tem parecer favorável do senador Osmar Dias (PDT-PR), o qual afirma que, ao permitir o ingresso dos engenheiros de alimentos nos cargos da carreira listados pela lei 10.883/04, o projeto executa relevante medida. 

Para a efetivação dessa mudança, o texto altera o artigo 3º da lei para incluir, entre as atribuições do fiscal federal agropecuário, a inspeção sanitária do acondicionamento, preservação, distribuição, processamento, transporte e abastecimento de produtos da indústria alimentícia. Essa medida propiciará o ingresso nessa carreira de engenheiros de alimentos, os únicos preparados para atuar na área de processamento e hoje impedidos de exercer o cargo de fiscal federal agropecuário. 

Em defesa do projeto, Arthur Virgilio explica que, apesar de existirem hoje no Brasil 65 cursos de nível superior em Engenharia de Alimentos, a lei 10.883/04 impede o profissional formado nesses cursos de exercer o cargo de fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 

De acordo com Arthur Virgilio, esse cargo hoje é privativo de engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas, farmacêuticos e químicos. O senador sustenta que os engenheiros de alimentos são os profissionais efetivamente preparados para atuar na área de processamento de laticínios, sucos, carnes e outros alimentos. Na justificação do projeto, ele acrescenta: 

- Entretanto a lei não prevê, entre as competências do engenheiro de alimentos, a de fiscalizar as linhas de processamento dessa indústria, mas somente a de fiscalizar os produtos de origem animal ou vegetal já embalados. Assim, apresento o projeto, que visa incluir, entre as atribuições do fiscal federal agropecuário, a de realizar essa inspeção sanitária. 

Ao justificar o projeto, Arthur Virgilio diz ainda estar certo de que um especialista em processamento, como o engenheiro de alimentos, tem muito a contribuir para o setor de fiscalização de alimentos de origem agropecuária. Já aprovado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), o projeto será votado em decisão terminativa pela CCJ.

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Vitaminas B6, B9 e B12 previnem câncer de pulmão

Dieta rica em vitaminas B6, B9 (folato) e B12 e em metionina — um dos 20 tipos de aminoácidos existentes — é eficaz na proteção do organismo contra o câncer de pulmão. Segundo pesquisas da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, essas substâncias ajudam a prevenir a doença, pois atuam na frente cancerígena que não está relacionada apenas a mutações genéticas. 

Além das causas mais conhecidas da doença, como alterações genéticas, poluição do ar ou fumo, duas outras vias podem aumentar seu risco de incidência: a alteração nos padrões de metilação dos genes e o baixo nível de síntese de nucleotídeos — unidades que formam o DNA. “É nesses dois caminhos que as vitaminas irão atuar”, explica a pesquisadora Valéria Troncoso Baltar, doutoranda em Saúde Pública na FSP. 

A metilação do DNA consiste na adição do radical metil — um átomo de carbono ligado a três átomos de hidrogênio (CH3) — aos genes. “Ela é necessária porque atua na manutenção, regulação e integridade do código genético”, afirma Valéria. Porém, a metilação em padrões inadequados, em excesso ou em falta, tem efeito cancerígeno. 

O consumo das vitaminas em níveis satisfatórios mantém os padrões adequados de metilação porque elas atuam no ciclo de re-metilação. Tal ciclo trabalha em equilíbrio com os aminoácidos metionina e homocisteína, que por meio de processos químicos se transformam um no outro. Se o equilíbrio for rompido, o nível adequado de metilação do DNA também é afetado e isso pode desencadear o câncer. Segundo Valéria, este ciclo “pode ser quebrado pela falta de vitaminas B6 e B12 e do folato”, o que justifica a alimentação balanceada. 

Os estudos também mostram que, quanto maior a presença de metionina no organismo, menor é a verificação da incidência de câncer de pulmão. Assim, a própria ingestão direta desse aminoácido também é benéfica na prevenção da doença. 

As principais fontes de vitamina B6 são cereais e grãos, enquanto vitamina B12 e aminoácido metionina são encontrados em carnes e produtos lácteos. Folhas verdes escuras e feijões são fontes de vitamina B9 (folato). 

Síntese de nucleotídeos 

Nucleotídeos são as unidades constituintes da fita do DNA, ou seja, do código genético. A produção dessas unidades está ligada à multiplicação celular. De acordo com as pesquisas, o desenvolvimento do câncer de pulmão também pode estar associado à síntese de nucleotídeos. “Neste caso o folato age de forma mais direta ao atuar na síntese. Seu baixo nível no organismo prejudica a renovação celular, aumentado o risco da doença”, explica a pesquisadora. 

Para a realização do estudo foram analisadas 891 amostras de sangue de pessoas com a doença em comparação com 1.747 amostras de pessoas saudáveis. As pesquisas da FSP fazem parte de um grupo de pesquisas maior, que engloba 10 países, cada um buscando causas diferentes para o câncer de pulmão. “Aqui tentamos entender como as substâncias atuam e quais são suas consequências”, declara Valéria. O estudo teve a orientação do professor Julio Cesar Rodrigues Pereira, do Departamento de Epidemiologia da FSP da USP. 

Texto: Juliana Cruz
Fonte: Agência USP