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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Comer peixe pode ajudar a prevenir cegueira, diz estudo

A retinopatia é o desenvolvimento anormal de vasos sanguíneos na retina (que tem altas concentrações de ômega-3) e uma das principais causas da cegueira. 

Os ácidos graxos da série ômega-3 desempenham papéis especiais nas membranas celulares do sistema nervoso, mas, como detectaram os pesquisadores, não estão presentes em quantidades suficientes nas modernas dietas ocidentais, repletas de ômega-6. 

Estudos recentes demonstraram que o consumo em excesso dos ômega-6, concentrados em alguns alimentos gordurosos e na maioria de óleos vegetais, aumenta o risco de contrair certas doenças e aguça a depressão. 

Os pesquisadores estudaram a influência dos ômega-3 na retina de ratos e descobriram que o aumento dos ácidos graxos deste tipo derivado da dieta limitou o crescimento patológico dos vasos sanguíneos denominados neovasos. 

No caso dos bebês, os vasos sanguíneos da retina começam a se desenvolver aos três meses depois da concepção e completam seu desenvolvimento no momento do nascimento normal. No entanto, se o parto for muito prematuro, pode-se alterar o desenvolvimento do olho e os vasos podem deixar de crescer ou crescem de maneira anormal. 

A aparição rápida e desordenada desses neovasos provoca graves perturbações como hemorragias no interior do olho e, em casos mais severos, glaucoma e descolamento da retina. 

Os ratos alimentados com dietas ricas em ácidos graxos ômega-3 pela equipe liderada pela pesquisadora Lois Smith --oftalmologista do Hospital Infantil de Boston-- tiveram uma redução de quase 50% do crescimento dos vasos sanguíneos na retina, frente aos alimentados com dietas ricas em ômega-6. 

"Nossas descobertas nos dão novas informações sobre como funcionam os ácidos graxos ômega-3, que os torna uma opção ainda mais promissora para atuar como agentes protetores", disse Smith.
Ela assinalou também que a capacidade de impedir o crescimento desses neovasos com ácidos ômega-3 poderia ajudar a reduzir os gastos em saúde. 

"O custo dos suplementos vitamínicos com ácidos graxos ômega-3 é de aproximadamente US$ 10 por mês, frente aos US$ 4 mil mensais que podem custar os tratamentos anti-VEGF (crescimento endotelial vascular)", indicou. 

Smith e sua equipe continuam estudando os lipídios beneficentes para a visão e pretendem iniciar uma nova via de pesquisa na busca dos ácidos graxos ômega-6 mais prejudiciais. 

"Encontramos os bons, agora vamos buscar os maus", assinalou a oftalmologista. "Se encontrarmos os caminhos, talvez possamos bloquear seletivamente os agentes metabólicos negativos." 

Nos Estados Unidos, a retinopatia afeta 4,1 milhões de pessoas com diabetes --um número que tende a dobrar nos próximos 15 anos-- e afeta muitos recém-nascidos prematuros. 

Associação rebate pesquisa que associa refrigerante diet a AVC

O Calorie Control Council (associação que representa os vendedores de alimentos de baixas calorias) afirmou nesta quinta-feira que os resultados da pesquisa apresentada durante uma sessão da Conferência Internacional do Derrame, que liga o consumo de refrigerantes dietéticos a um risco maior de derrame e ataque cardíaco, possuem falhas. 

"Os resultados são tão especulativos e preliminares que devem ser considerados com extrema cautela. Na verdade, o estudo não foi revisado por nenhum cientista independente e não foi publicado em nenhum periódico científico", afirmou Beth Hubrich, nutricionista do Calorie Control Council.

A pesquisa está atraindo um número crescente de críticas e ceticismo de especialistas da área da nutrição e da ciência. 

"Eu tenho que dizer que este é um dos piores trabalhos que eu vi ganhar manchete em um longo tempo", afirmou Richard Besser, editor de saúde e medicina da ABC News, durante o programa Good Morning America nesta manhã. "É ruim do ponto de vista da ciência, e também por que pode induzir as pessoas ao medo. Eu não acho que elas devam mudar de comportamento com base neste estudo." 

Recordando algumas falhas do estudo, Besser acrescentou: "Eles não analisaram a quantidade de sal ingerida pelas pessoas, nem os outros alimentos que elas comeram. Estas coisas nós sabemos que têm relação com derrame e infarto. Eles nem sequer observaram a evolução da obesidade ao longo do tempo. Concluir que isso acontece apenas em função do consumo de refrigerante dietético não faz sentido." 

Segundo Walter Willett, presidente do Departamento de Nutrição da Harvard School of Public Health, "é importante saber que a pesquisa é, na verdade, um relatório preliminar. Ele ainda não foi publicado e é relativamente pequeno. Acho que temos que interpretar as descobertas com muito cuidado. Não devemos mudar o nosso comportamento". 

A apresentação também está em desacordo com afirmações no site da American Heart Association, patrocinador da conferência em que o estudo foi apresentado. 

Em relação aos adoçantes de baixas calorias usados em refrigerantes dietéticos, a associação afirma: "Experimente adoçantes não nutritivos, como aspartame, sucralose e sacarina, com moderação. Eles podem ser uma alternativa para satisfazer a vontade de doce sem adicionar mais calorias à dieta."

O FDA (agência que regula remédios nos EUA) já determinou que os adoçantes não nutritivos são seguros. 

Fonte: Folha Online

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Refrigerante diet não dá refresco a saúde cardiovascular

Trocar o refrigerante por uma versão diet pode ajudar no controle do peso, mas não vai refrescar a saúde cardiovascular. Segundo uma nova pesquisa, quem consome refrigerante com frequência, mesmo que diet, tem risco muito maior de desenvolver problemas cardiovasculares do que aqueles que não ingerem a bebida.

 O estudo apresentado na quarta-feira (9/2) na International Stroke Conference 2011, em Los Angeles, Estados Unidos, foi feito com 2.564 pessoas com mais de 40 anos, de diferentes etnias, em Nova York, acompanhadas por uma média de 9,3 anos.

Os resultados mostraram que aqueles que consumiram refrigerante diet diariamente tiveram risco 61% maior de desenvolver problemas cardiovasculares do que os que não beberam refrigerante com a mesma frequência.

O motivo é o sal presente em tais bebidas, seja na versão com açúcar ou com adoçante. O consumo elevado de sal, além de poder causar hipertensão, mostrou-se relacionado com um grande aumento no risco de manifestar acidentes vasculares cerebrais (AVC) isquêmicos, que interrompem o fluxo de sangue para o cérebro.

O estudo verificou que os participantes que consumiram mais de 4 gramas de sódio por dia apresentaram risco duas vezes maior de desenvolver AVC do que aqueles que ingeriram menos de 1,5 grama por dia.

“Se os resultados forem confirmados em estudos futuros, poderemos dizer que os refrigerantes diet podem não ser os substitutos ideais para as bebidas açucaradas, com relação à proteção contra eventos vasculares”, disse Hannah Gardener, da Universidade de Miami, líder da pesquisa.

Dos participantes, apenas um terço se mostrou no limite recomendado pelas U.S. Dietary Guidelines de consumir até 2,3 gramas de sódio por dia, o equivalente a uma colher de chá de sal. A recomendação da American Heart Association é de um consumo diário de até 1,5 grama de sódio e a média do estudo ficou em 3 gramas.

“A ingestão elevada de sódio é um fator de risco para AVC isquêmico em pessoas com hipertensão ou não, o que destaca a importância de limitar o consumo de alimentos com muito sal”, disse Hannah.

A cientista destaca que nos resultados do estudo devem ser levados em consideração os poucos dados sobre tipos de bebidas consumidas, e que a variação entre marcas ou no uso de adoçantes pelas mesmas pode ter influído nos resultados. 

Fonte: JB Online

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Refrigerantes dietéticos elevam risco de infarto e AVC

Um estudo publicado nesta quarta-feira sugere que os consumidores frequentes de refrigerantes dietéticos correm um risco maior de sofrer ataque cardíaco e acidente vascular cerebral do que as pessoas que não
consomem refrigerante nenhum.

O estudo acompanhou 2.564 pessoas em Manhattan e descobriu que as pessoas que consumiram bebidas dietéticas diariamente tiveram um risco 61% maior de sofrer problemas vasculares do que as pessoas que disseram não beber nenhum refrigerante.

Quando os cientistas estabeleceram relação dos dados com síndrome metabólica, doença vascular periférica e histórico de doença cardíaca, o risco foi 48% maior, destacou o estudo apresentado na conferência internacional sobre Acidente Vascular da Associação Americana de AVC.

"Se nossos estudos se confirmarem com análises futuras, isto sugeriria que uma dieta forte em refrigerantes dietéticos pode não ser um substituto ideal para bebidas adoçadas com açúcar", disse a chefe dos estudos, Hannah Gardener, da Escola de Medicina da Universidade de Miami.

Fonte: Folha Online

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Embrapa e UFRJ estudam propriedades da romã do semiárido brasileiro


RIO - A Embrapa Agroindústria de Alimentos e a Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vão iniciar uma pesquisa que visa agregar valor à produção nacional de romã. O projeto foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e terá participação de produtores do semiárido brasileiro.

A coordenadora do projeto, Regina Isabel Nogueira, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, informou à Agência Brasil que será pesquisada a safra que começou em dezembro e vai até este mês de fevereiro. Os pesquisadores pretendem confirmar se as características da romã, já conhecidas em outros países, alguns deles desde a antiguidade, permanecem em solo e clima brasileiros. Entre elas, o aproveitamento da fruta para a elaboração de ingredientes antioxidantes, que retardam o envelhecimento precoce e reduzem riscos para doenças como hipertensão e artrite.

Ao contrário de países da Europa, Ásia e Oriente Médio, que exploram a romã pelas suas propriedades boas para a saúde humana, essa fruta é pouco conhecida no Brasil. Seu consumo se limita à época das festas de final de ano. A fruta está sendo introduzida na região semiárida brasileira.

“E nós escolhemos fazer alguns processamentos com aquela fruta que você não consegue alcançar um padrão de comercialização dela fresca”, comentou Regina. “A nossa idéia é começar os estudos para já ter no Brasil algum conhecimento sobre essa fruta que vai ser produzida aqui, saber se ela vai manter as propriedades que traz do país de origem, se vai melhorar etc”.

A pesquisadora salientou que a participação dos produtores do semiárido é importante para os estudos. “A gente quer incentivar que eles produzam e agreguem valor a essa produção. A idéia do projeto é essa: estudar as diferentes fases da romã, caracterizando, elaborando alguns produtos. E ver o resultado disso, retornando para o produtor para que ele se motive a não ficar só no plantio experimental e, sim, começar a introduzir a agroindústria, a exemplo de outras coisas que aconteceram naquela região”. Ela citou o caso da uva, da manga e do melão, que se expandiram no semiárido.

O que se busca hoje é que os alimentos não sejam apenas nutritivos, mas também tenham propriedades funcionais, salientou. No caso da romã, a pesquisa objetiva, mais adiante, dizer, por exemplo, se um dos compostos bioativos da fruta, que é a antocianina, é bom para a saúde e contribui para diminuir a produção de radicais livres relacionados a algumas doenças coronárias, informou Regina. Destacou que o estudo ainda é incipiente, mas admitiu que “com o andar da carruagem, a meta é associar a parte farmacêutica também”.

Todas as partes da fruta serão utilizadas na pesquisa. A Escola de Química da UFRJ fará os estudos sobre as sementes da romã, enquanto a Embrapa Agroindústria desenvolverá as pesquisas sobre a casca e a polpa. Regina Nogueira disse que o projeto tem prazo para desenvolvimento de dois anos no CNPq. Caso ele seja incluído na programação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o prazo poderá ser alongado, visando a obtenção de maiores informações.


Chocolate tem mais antioxidantes do que sucos de fruta

Boa notícia para os amantes de chocolate: duas novas pesquisas dão mais detalhes sobre seus benefícios.
 
Uma delas, publicada no "Chemistry Central Journal", afirma que o chocolate é uma fonte rica de antioxidantes e contém mais polifenois e flavonoides do que alguns sucos de fruta, como os de açaí, romã e cranberry (oxicoco, em português).

Os pesquisadores compararam grama por grama a quantidade de antioxidantes do chocolate em pó com frutas. Descobriram que havia mais poder antioxidante e flavonoides no chocolate.

Quando a comparação foi feita entre chocolate amargo, chocolate em pó, chocolante quente e sucos de fruta, os chocolates amargo e em pó também tinham mais poder antioxidante e mais flavonoides e polifenois que os sucos. Por esses resultados, a pesquisadora afirmou que o cacau pode ser considerado uma "superfruta".

A segunda pesquisa foi publicada no "Journal of Agricultural and Food Chemistry" e mostra como o chocolate aumenta a produção do colesterol
bom (HDL).

Os polifenois presentes no cacau aceleram a atividade de certas proteínas, incluindo aquelas que se ligam ao DNA, para aumentar os níveis de colesterol bom e diminuir o colesterol ruim (LDL).

A explicação é que eles aumentam os níveis da apolipoproteína A1, principal componente do colesterol bom, e diminuem a B (ApoB) no fígado e no intestino.