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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Gingko Biloba não estimula a memória, diz pesquisa


O resultado publicado nesta terça-feira no periódico da Associação Americana de Medicina mostra que o suplemento não teve nenhuma eficácia.

Pesquisadores americanos dizem que o medicamento natural Gingko Biloba não tem efeito algum para ativar a memória.

Ele é muito usado no mundo inteiro para aumentar a circulação de sangue no cérebro.

O estudo acompanhou, durante 6 anos, mais de 3 mil idosos, com mais de 72 anos. Metade recebeu um placebo, uma substância sem efeito. A outra metade tomou 240 miligramas de Gingko Biloba por dia, em duas doses.

Nem os pacientes, nem os médicos sabiam quem estava recebendo placebo ou o Gingko.

É o maior e mais longo estudo realizado sobre o Gingko Biloba, uma planta muito usada na medicina chinesa. Mas os pesquisadores só avaliaram os efeitos da planta sobre a memória e atividade mental.

O resultado publicado nesta terça-feira no periódico da Associação Americana de Medicina mostra que o suplemento não teve nenhuma eficácia.

O médico Steven Dekosky, da Universidade da Virginia, que comandou a pesquisa, ficou decepcionado, porque o objetivo era provar os efeitos benéficos do Gingko. Mas a conclusão é que ele não apresenta nenhum benefício.

O doutor Dekosky ressalva que os pesquisadores não encontraram nenhum efeito adverso da substância, que pode ser tomada sem problemas.

Nos Estados Unidos as empresas que vendem Gingko Biloba, com a promessa de que o suplemento ajuda a ativar a memória, faturam por ano US$ 250 milhões.

Um dos fabricantes, ao saber que o novo estudo não encontrou nenhum efeito, sugeriu que os interessados aguardem o resultado de outra pesquisa, que está sendo realizada na França, antes de abandonarem o Gingko Biloba.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária disse que o Ginko Biloba é registrado no Brasil como medicamento fitoterápico.

E que é usado no tratamento de vertigens e zumbidos provocados por problemas circulatórios ou por insuficiência vascular cerebral. Segundo a agência, não existe nenhum questionamento, aqui no Brasil, sobre a eficácia do produto.

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Fonte: Jornal Nacional - GLOBO

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