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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Engenheiro de alimentos busca melhores produtos

24/07/07 - 19h44 - Atualizado em 24/07/07 - 19h59

Profissional pode desenvolver alimentos com maior qualidade.
Conheça o perfil procurado e as áreas promissoras.

Simone Harnik Do G1, em São Paulo

Você vai ao supermercado e compra um congelado. Chega em casa e: surpresa! O alimento não está lá essas coisas. Pode ter havido descongelamento na hora de transportar a carga, problemas de armazenagem ou outras inúmeras hipóteses de falhas. O fato é que, em cada etapa, desde a produção até o consumo, há engenheiros de alimentos envolvidos. E são eles, junto de profissionais da química, biologia, nutrição, que podem melhorar a qualidade do produto industrializado que chega à sua mesa.

“Os produtos brasileiros têm muito a serem aperfeiçoados. Muitos ainda têm aquele gosto de produto congelado ou problemas na textura, que ocorrem por causa do tipo de congelamento”, diz Adilma Regina Pippa Scamparini, que coordena a câmara da modalidade de engenharia química do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) de São Paulo.

A pesquisadora, sempre que visita outras cidades, até mesmo no exterior, procura conhecer os mercados, já que considera que “a alimentação é o retrato de um povo”. “Também compro todos os lançamentos de produtos para conhecer”, diz.

“Essa é uma profissão extremamente valorizada. É muito bacana o que se pode fazer. O profissional pode trabalhar em diversas áreas e a carreira é muito dinâmica”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Engenheiros de Alimentos (Abea), Rogério Andrada.

  • Perfil profissional

Como os campos de trabalho são variados, estudantes com diferentes características pessoais conseguem se encaixar no mercado da profissão. “Quem é introvertido, vai se dar bem em controle de qualidade; mas não em vendas, por exemplo. Quem trabalha com desenvolvimento, é porque tem maiores conhecimentos sobre o produto. Em vendas, é preciso ter bom relacionamento. Quem faz projeto das indústrias, precisa ser bom de engenharia”, afirma Andrada.

Para trabalhar, o pré-requisito é ser filiado ao Crea. De acordo com o conselho, o piso salarial recomendado é o de seis salários mínimos, que equivalem atualmente a R$ 2.280.

  • Áreas promissoras

De acordo com Adilma, uma das áreas aquecidas é a de marketing, que compreende, por exemplo, a avaliação das impressões dos consumidores sobre os produtos. “Também há muito espaço para desenvolvimento de novos produtos. O que é importado da Europa precisa ser adaptado para a realidade brasileira”, afirma.

Apostas para o futuro são a pesquisa de novos produtos a partir da biotecnologia. O nome parece estranho, mas a atividade está se tornando bem conhecida: xampus com aroma de chocolate são um exemplo.

Outra área que despontou com a globalização foi a de logística. “As panificadoras pequenas, estão desaparecendo. É o supermercado que passou a concentrar a indústria de pães”, exemplifica Adilma. Segundo ela, outros tipos de profissionais necessários são os que trabalham com a higiene da linha de produção, com o cuidado dos resíduos e com a procura de novas embalagens menos agressivas ao meio ambiente.

No país, os mercados têm suas diferenças regionais. No Nordeste, por exemplo, a produção de carnes tem destaque; no Sul, frango e cereais, por exemplo. Mas, de acordo com a conselheira, o que as empresas procuram é apenas uma coisa: técnicos bem formados.

Fonte: GLOBO - (Vestibular e Educação)




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